sábado, 29 de janeiro de 2011

Caminha-se caminhando


O dia 2 nesta "nova casa" começa a dar sinais de recuperação para o seu excelso ocupante, um "nababo", a quem tudo servem, a um simples sinal. Tem direito a ajuda no banho, comida a tempo e horas, afectos, e passa o resto do tempo de "patas para o ar", a ver se as suas distintas pernas cedem o peso que tem de carregar.


E têm cedido, apesar de algumas dores de costas, e dos ausentes músculos das nádegas, que "partiram de férias para o Egipto" (boa escolha), e que me deixam sentado em cima de ossos!


De facto um homem é animal de hábitos, e felizmente aprende depressa. Pouco a pouco regresso a uma nova mobilidade, em que fazer as coisas "de outra maneira" se "entranha", enquanto não se pode fazer da maneira normal. Adoptam-se estratégias defensivas, outras preguiçosas, todas tendo em comum a ideia de que no passo a cabeça deve avançar antes dos pés, senão pode dar espalhanço. Afinal não é assim que deveríamos fazer na vida todos os dias ?


Tenho aproveitado para "arrumar coisas" nas prateleiras, até onde chega, ficheiros no computador (um pouco mais leves) e ideias na "tola", que é o mais leve de tudo, mas que são dificeis de arrumar por obrigarem a uns "encaixes" especiais... De noite não durmo bem, acordo a meio da noite, e no escritório dedico uma hora a pôr em dia o diário escrito que alimento, com todos os factos do dia, em termos de sintomas e dificuldades ou progressos, e por vezes, faço aí a arrumação de ideias para depois fazer o seu download para os neurónios afectados por meses de atrofio mental.


Que mais posso pedir a um coração que "contratei" à um mês e ainda nem sequer completou o "período experimental" ?

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