sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estevas e dores de costas...



A bizarria de tal título é a razão de uma curta ausência. Começando pelas estevas, julgo que quem me lê sabe que se trata de uma planta muito vulgar por aqui nesta época; arbusto, com flores brancas, caule um pouco resinoso e de cheiro intenso, e deixo fotos para que saibam que estamos aqui rodeados destes arbustos por todo o lado. Consequência de campos que deixaram de ser tratados.


Num destes dias fomos fotografar estas plantas e acreditem que a partir daí tenho tido umas dores incríveis na coluna que mal me tem permitido o estar aqui na net. Pode-se pensar que andei a subir escarpas para fotografar o Cistus ladanifer (a tal esteva), mas não, fiquei no carro a ver, agora que a partir daí as dores começaram. Relações de causa efeito, que mostram que a simultâneidade de fenómenos não permite tais conclusões...


É como uma coisa que se repete agora vezes sem conta; que o "chumbo" do PEC4 provocou toda a crise e próxima intervenção do FEEF para uns FMI para outros !


Como se o país não estivesse há meses à beira do colapso, como se nós todos não estivessemos há anos a gastar acima das posses, como se a falta de controlo, a má gestão e os projectos ruinosos não nos estivessem a arrastar há anos, como se a falta de crescimento, a pouca produtividade e a subsidio-depêndencia não nos tivessem criados hábitos de pedir tudo ao Estado.


Claro, era melhor que as minhas dores de costas tivessem origem nas estevas, bastava afastar-me delas, mas lamentávelmente temos algo mais profundo, de que não me posso separar.

1 comentário:

  1. Caro Amigo Carlos,
    Ainda bem que Deus se lembrou de encher os nossos campos de estevas.
    São roseiras selvagens.
    Tornam os campos lindos, na tentativa de que ao olharmos essa beleza, tentemos esquecer maleitas, tais como dores de costas, dores de alma, PECs,FEEFs, FMIs e outros afins.
    Já não estamos à beira de coisa nenhuma.
    Tal como nos desenhos animados, somos o bonequinho que esperneia já a cair no percipicio.
    Claramente que fruto de desgovernos desgovernados, neste condado Portucalence,o tal que tem "um povo que não se governa, nem se deixa governar".
    Valha-nos as estevas e o sol, para a depressão não ser ainda maior.
    Um Abraço,
    Ana

    ResponderEliminar