sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que tem de ser tem muita força ...

Ontem nova visita à minha "segunda casa". Nova revisão, já lhe perdi a quilometragem. Coração bom e recomenda-se, mas algumas peças do resto do "veículo" estarão "comme ci comme ça"... nomeadamente a coluna, e seus apoios, os pézitos inchados, e algumas dores devido a viagem longa e tempo de espera. Uma seca. Tem de ser ! Passamos agora a periodicidade mensal, o que facilita bastante, e vamos ver se novos "regressos forçados" não se apresentam.

Para já balanço positivo. Mas que outro poderia fazer ?

De resto uma salva de palmas para o pessoal de S.Marta. Pessoal médico disponível mesmo em Agosto, enfermagem e auxiliares inexcedíveis em simpatia e eficácia. Pessoas tratadas como pessoas. Psicóloga com interesse em rever os doentes, mesmo já passados meses do transplante, medicamentos hospitalares de que somos totalmente dependentes, sob risco de morte, gratuitos. Zero de taxas moderadoras. O SNS no seu melhor,esperemos que se não poderem melhorar, pelos menos que não estraguem. Julgo que estes pacientes merecem, pelo que já passaram para aqui chegar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Macedo explica

Na sua primeira intervenção pública como Ministro da Saúde, Paulo Macedo explica que o déficite da saúde vai em três mil milhões. E que vai fazer ? Aumentar as taxas moderadoras (pelo exemplo dos transportes espera-se o pior...), rever as isenções ( pelo que se viu no imposto extraordinário apenas os indigentes não pagarão), cobrar aquilo que devia ser mas não é pago (incompetência dos serviços, pois muitas vezes nem pedem os valores às pessoas, e mandam depois cartas para casa, onde gastam 50 cêntimos para pedir um euro e pouco a enviar por cheque ou vale através do correio.... ), combater o desperdício (acho bem, será que se acabam as luzes acesas noite e dia ... ), as horas extraordinárias (9 milhões de horas é muita hora, mas mesmo assim as listas de espera são o que se sabe... ), a corrupção ( dizia-se que 40% das receitas eram falsificadas, eu não acredito...) , impôr as receitas electrónicas para medicamentos e exames (já é tempo... ). Quando a entregar a gesão a privados, para já não, embora eu pense que privados ou não, deviam entregar a gestão a competentes, isso sim ! Em Setembro cá estarei para ver, pois este tema toca-me, e de que maneira !

terça-feira, 26 de julho de 2011

Jorge Jesus convoca por telepatia ...

Futebol não é o meu tema de eleição, mas quando um treinador convoca para um jogo importantíssimo para as finanças do club, um jogador (Maxi Pereira), que vem a dormir num avião  numa viagem de 12 horas, e chega ao aeroporto talvez 8 horas antes do inicio do jogo sem ter feito um treino, só pode ser por telepatia, é, sem dúvida, a piada do dia. Peço desculpa mas não podía resistir.

Afinal quem são os PIGS ?

Palavras como "default", incumprimento, dívida, descontrolo orçamental, a incapacidade de honrar compromissos, gastar mais do que se ganha, e outras grosserias, referem-se a que países? Ficam na Europa, são Portugal, Irlanda, Grécia, e eventualmente outros. Mas na realidade, a quem, se nada for feito se vão  aplicar tais epítetos, será aos Estados Unidos da América, e já a partir de 2 de Agosto, mesmo nas barbas da Moody's, Fitch e S&P... e a solução não é gastar menos, e impôr austeridade, é aumentar o tecto da dívida, autorizar a gastar mais ! Tudo devido em primeiríssimo lugar aos excessos do "cowboy" George Bush, que, veja-se baixou impostos e aumentou despesas com as suas aventuras do Iraque e do Afeganistão, embora os republicanos agora só falem das despesas da saúde, propostas por Obama, que evita que se morra por não ter seguro de saúde, no país mais rico (e endividado) do mundo. 14,3 biliões é o tecto actual, mas a dívida já vai em mais de 15,5 ! Pelo que, como agora se diz, vão ter de "acomodar" 1,5 biliões de dólares pelo menos. Inimaginável...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Atentados em Oslo

Falarei pouco, os terroristas querem sobretudo que se fale deles. Apenas um grito de revolta, para quem, tendo nascido num país pacífico, o fez pasto do seu fundamentalismo, não há palavras que descrevam, não há ideais que justifiquem, não há força que detenha tal brutalidade. Espero que a Noruega se mantenha a sociedade aberta e não securitária que conhecemos há uns anos atrás. A barbárie não pode vencer o que de melhor temos.

Maria Lúcia Lepecki

Mais uma morte, ontem. Recorda-me aquela noite, há talvez 5 ou 6 anos, em que a "professora", esteve no Clube de Leitura da Biblioteca Municipal de Lagoa. Encantou com o seu discurso limpo, claro, bem humorado, ensinou a ler certos textos, ou a deixar dos ler se nos aborrecessem, "sinal de que não estamos preparados para eles". Falou-nos do encanto da literatura portuguesa, que conhecia melhor que a maioria dos portugueses (incluindo intelectuais). Respondia de bom grado a perguntas que lhe fizemos, a propósito e a despropósito, com humildade, carinho e muita paciência.

Foi uma noite mágica que nos proporcionou, e que jamais retribuiremos. E ainda teve a amabilidade de escrever um artigo numa revista acerca de Clube de Leitura.

Morreu ontem de cancro e deixa um vazio em quem a conheceu. Obrigado.

Amy Winehouse

Teria muitos defeitos, uma vida desperdiçada em substâncias pouco recomendáveis, uma exposição pública excessiva, sobretudo dos seus lados "lunares", fustigada pela imprensa, incapaz de fazer uma gestão eficaz da sua carreira, mas reconheça-se um talento invulgar, uma voz que relançou o RB, uma permanente tendência para a provocação, basta acompanhar algumas das letras das canções, e uma voz poderosa. Muito havia a esperar. Compara-se com o tal grupo  dos 27. Eu não compararia. Cada um a sua "narrativa", como agora se diz. Em comum a vida de excessos, o vórtice em que foram sugados. Tenho todos os discos da Amy; afinal foram só dois...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os doentes crónicos

Parece que a partir de Setembro vamos ter algumas alterações, nas taxas moderadoras, de que já falei, mas também das comparticipações em medicamentos, meios auxiliares de diagnóstico, e outros mimos.
Entre os afectados estarão os chamados "doentes crónicos", que deverão pagar, no caso de estarem acima do salário mínimo, pois prevalece a ideia de que estes são assim uma espécie de "parasitas crónicos", que decidiram viver à custa do erário público.

Desde logo quem tem salário mínimo, ou pensões de 200 euros, não venham com demagogias, nem com todas as isenções do mundo conseguem cuidados de saúde adequados, pois não se oferecem medicamentos, não se marcam consultas em tempo útil nem se fazem cirurgias, a menos casos de vida ou de morte, em prazos razoáveis.

Quando aos tais "crónicos", grupo no qual eu me insiro, vamos ver como é, se se resiste à ideia de passar do 8 ao 80. Pois apesar do que se diz, mesmo estes já têm muitos encargos, pois a suas doenças são permanentes, incapacitantes e muitas vezes não se compadecem com certos prazos do SNS. Vejamos alguns exemplos retirados da minha realidade para ver o que é "viver à custa dos contribuintes". Duas vezes por mês vou a uma consulta a Lisboa (da qual poderia pagar taxa moderadora), mas para lá ir gasto 130 euros de transporte, pois foram retiradas as comparticipações de deslocação, assim 260 euros já lá estão. Nessa consulta faço 4 exames auxiliares de diagnóstico, que obrigariam a 4 taxas moderadoras, cujos valores actuais desconheço, pelo que teria de pagar no mês 10 taxas moderadoras diferentes. Quanto a medicamentos, alguns são comparticipados a 100% outros não. Aqueles que têm essa comparticipação são os que têm efeito imunosupressor, tomados sob risco de morte se houver falha, e custariam 150 euros uma embalagem para 15 dias. Também são fortemente comparticipados os medicamentos diabéticos, cujo consumo é enorme, desde insulina (grátis), tiras de teste (21 euros para 15 dias), lancetas. Caso se terminasse com essa comparticipação teríamos de pensar em talvez acima de 500 euros mensais nesta medicação.

Depois há consultas que pelo SNS é impossível obter em tempo útil. Assim uma comsulta de Urologia pedida em Março nem resposta ainda teve, idem para Ortopedia em Maio. A solução é ir ao privado, onde se paga entre 60 e 70 euros.
Resumindo, este o nível de despesa do tal "parasita crónico". Poderá aproximar-se perigosamente dos 1000 euros mensais nas diversas rubricas. Pergunta-se, para quem durante a vida fez descontos mensais de centenas de contos, na altura, é aceitável no momento em que mais precisa ser posto a pagar tudo a 100%.
Espero que haja bom senso. Pagar, até pode ser, mas devagarinho e com bom senso...

As mulheres cantoras

"A noite das mulheres cantoras" é o último romance de Lídia Jorge. Já concluí a sua leitura. Só uma escritora do seu fôlego trataria o mundo das agora chamadas "girls band", sem cair na vulgaridade, ou atribuindo uma credibilidade que não têm. No entanto, o longo monólogo de Solange, deixa claro este mundo descartável, onde tudo obedece a uma lógica de imagem e de consumo sem regras. O romance traduz uma forte realidade psicológica, onde a fidelidade e a traição convivem, o profundo e o fútil alternam, a vida e a morte parecem cara e coroa de uma mesma moeda. O mundo da música ligeira é apenas um pretexto, em que se movimentam interesses, afectos escondidos, pessoas que servem e se submetem a lógicas incompreensíveis para terem o seu "minuto" ou a sua "noite perfeita", um mundo que tem de tudo menos "ligeireza". Vale a pena ler.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

E não se pode exterminá-la ?

Mais uma vez a clarividência da sra Merkel vem à tona. Diz a lider do país locomotiva, que da reunião de 5ªfeira próxima não se espere "resultados espectaculares"... Com contributos como os da sra chanceler, que seria de esperar?  Pensando acima de tudo nas eleições da Alemanha, a lider do país locomotiva, faz tudo para rebocar os vagões para o abismo. Cada intervenção sua, não resolve, e cria um novo problema. Das suas clarividentes afirmações resultou logo algo de "espectacular", juros acima de 40% para a Grécia, 25% para a Irlanda e 20% para Portugal. Os "mercados especuladores" agradecem que fale.

As compras do glorioso e outras glórias

Ao que se ouve dizer os clubes de futebol, nomeadamente o Benfica e o Sporting, menos o FCP, entraram num lupanar de compras desgovernadas. O Benfica já comprou 16 jogadores este ano, e prepara-se para apresentar mais 3 no mínimo, compra tudo o que mexe, não se entende com que critério, pois apesar de já ter comprado quase duas equipas de futebol dizem que ainda falta preencher lugares chave, e que "o plantel continua em aberto". A origem é quase sempre a mesma, a Argentina e o Brasil. Depois se verá entre os que entram e os que se emprestam como se arruma a casa. Para já o importante é que cá estejam, façam falta ou não.

O Sporting, já vai em doze. Ainda vem mais um, e tem andado nos saldos a ver se encontra mais, para guarnecer a sua mudança de "paradigma"...

O FCP mais parco, na lógica de equipa que ganha não se mexe, mas ainda conseguiu a graça do costume, desviar da Luz o craque Danilo do Santos do Brasil. Esta seria a contratação irresistível.

Dinheiro para isto tudo, não se sabe donde vem. Certo que houve algumas vendas, mas a situação já era de catástrofe eminente. Não seria melhor pagar dívidas ? E o exemplo que dão ao povo portuga ? Bonito !!!

Para o futebol não há impostos extraordinários, apesar de algumas grandes mais valias feitas, o dinheiro para emprestar está sempre disponível, e a juros aceitáveis, não há ratings, e quanto a estágios, as três equipas foram para Alemanha, Holanda e Suiça, estagiar e fazer jogos de treino com equipas desses países ainda pouco desenvolvidos, pois não seria mais lógico ser-mos nós a vender destinos para estágios de equipas europeias do que o contrário. Temos clima, campos, hotéis, equipas para jogos de treino, e nada disso aproveitamos, e ainda são as nossas equipas a ir gastar dinheiro em estágios noutros países. Isto está tudo ao contrário e vê-se bem que o futebol é um país à parte. Um país sem crise...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ouvir Mahler

No ano do centenário da sua morte, ouvir Gustav Mahler é o menos que se pode fazer para prestar tributo à sua obra. Romântica, funesta, transcendente, complexa, apaziguadora, fatalista, holística, apaixonada, trágica, sombria, racional, estimula a relação com o espiritual, ouvir Mahler faz-me bem. Recompõe-me com o lado mais intimo da vida. E não é um exercício fácil dada a extenção e a complexidade das suas obras, nomeadamente as sinfonias. O esforço é recompensado.

As chatas das taxas moderadoras

Lembro que quando foram criadas geraram confusão. Afinal que era feito do SNS "tendencialmente gratuito". Nessa altura foi Cavaco quem as introduziu. Mais tarde Correia de Campos, no governo Sócrates fez o "up load", introduzindo nas cirurgias, internamentos etc. Caiu o carmo e a trindade, e até o PSD e CDS se atravessaram contra. Vieram mais tarde a ser reduzidas à primeira forma por Ana Jorge, no mesmo Governo. Agora a dita "troyca" diz que há que introduzir e aumentar os seus valores, sendo que ao que parece só os pobres mais pobres se livrarão delas. Claro que pedir 1.39 euros numa consulta não é demais, mas o problema é que já hoje, quem quer uma consulta de especialidade a tempo e horas, tem de pagar no privado 60 ou 70 euros, senão espera meses ou anos por essa consulta. Ou seja para muita gente o problema já nem se põe... é pagar e bico calado, e ainda é sorte se conseguir fazer os exames auxiliares de diagnóstico pelo SNS. Trata-se da mais pura hipocrisia. Verdade que cada um poderá pagar de acordo com as suas posses, e valores como 1.39, desvalorizam a própria prestação de serviços. Mas será de esperar que, a um aumento, também corresponda uma outra capacidade de resposta. Senão mais vale a medicina privada, que já se viu que sózinha também não vai a lado nenhum, pois tem de ter um suporte público, para as intervenções não rentabilizáveis na lógica dos privados...

Dado a minha grande dependência do SNS, temo bem pelo futuro, pois outras coisas já estão em prática (transportes, por exemplo), e outras se anunciam, como limitar receitas, reduzir comparticipações em medicamentos, limitar intervenções, etc. Para quem toma mais de 20 comprimidos por dia, o meu caso, consultas quinzenais a 200 km de distância, e outros mimos, mesmo que tenha um bom rendimento, a factura da saúde pode tornar-se insuportável. E já muita gente fala em "ou os medicamentos ou a comida". Aqui não há dúvida acerca de como se vai fazer a escolha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O coração foi à revisão

Chamemos revisão dos seis meses ou dos 30000 km. Lá foi ontem mais uma vez. Visto por dentro e por fora, não se ressentiu, nem se ouviu qualquer ruído que indicie algum batimento de válvulas, ou perda de eficência ou de eficácia. Funciona como novo, embora seja uma peça usada mas parece em bom estado. Não fora as "intercorrências"...

A actividade por lá continua em grande. Mais três pessoas já aguardavam nas camas por onde tenho passado a sua "oportunidade". De facto o coração está em baixa, e na nossa vida dia a dia, é um orgão de desgaste rápido, cada vez mais. Por isso cuidadinho, quem o tem bom que o cuide "cuidadosamente", passe o pleonasmo.

Li sem entusiasmo

Considerado um dos maiores escritores portugueses da actualidade li , de Mário de Carvalho, "O homem do turbante verde", colecta de contos deste autor, de que tinha lido há alguns anos a "Fantasia para dois coronéis e uma piscina". Sem grande entusiasmo. Retirando os contos relativos ao antes 25 de Abril, muito bons, em particular "A secção de campo" e a "Rua dos Remolares", os restantes confesso que não os entendi devidamente. Talvez não seja este o melhor livro para se compreender o autor. Percebo. Haverá mais oportunidades de ler obras mais relevantes de Mário de Carvalho.

Um problema de semântica

Nos últimos dias a frase "desvio colossal" dominou as notícias. Curioso como afinal os nossos políticos, nomeadamente a oposição, ainda tem interesse por estes problemas de semântica, ainda por cima escutados através do buraco da fechadura. Realmente quem sabe o que foi dito?  E o que foi dito será que interessa a todos, quando foi dito no recato de um Conselho Nacional fechado aos jornalistas e público em geral ? Não teremos mais preocupações do que esta análise de linguagem, acerca da adequação dos adjectivos à situação real do país, que o está a atirar para abismo ?

Afinal o António José Seguro conseguiu surpreender ao dizer ( mais ou menos assim) que não tinha ouvido nada, e portanto não fazia comentários acerca de frases ditas do outro lado da porta.

Esta a melhor posição, de resto o que se tem visto e dito, é uma colossal parvoíce...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mañana por la mañana

Nova consulta de rotina, mais exames, mais sangue retirado, mais esperas, mais impaciência, mais viagens, mais calor, mais impaciência, mais comida insonsa, mais dores de coluna, mais pipi no frasquinho, em resumo, um dia "bem passado", a bem da garantia de segurança do meu novo coração. Que este seja o tempo mais mal empregue da vida ... e tudo correrá bem.

Um debate sem chama

Presos a um programa que o seu Partido assinou, falta espaço a Seguro e Assis para grandes rasgos. Quem viu ontem o debate dos dois na SIC Notícias ficou, por um lado espantado com a capacidade de produzir "lugares comuns" da parte de Seguro, que diz o que sabe que os ouvintes gostam de ouvir, num discurso redondo e sem conteúdo, mas que deve deixar descansada a clientela política do PS, segura de que nada vai mudar, e que, em troca do seu voto, os interesses serão acautelados. Quanto a soluções, apenas vagas manifestações de intenções. Desfila no horizonte o pior, é afinal, e ao contrário do que se poderia esperar, o candidato da continuidade (curioso como ex-socráticos rapidamente mudaram de campo).

Assis, manifestando mais arrojo, e ideias, por vezes também se deixa vencer pela impetuosidade do discurso, que avança a uma velocidade dificil de acompanhar. Manifestamente um candidato poderoso, escolhe um caminho de maior ruptura em termos da organização interna, mas é perigoso para os interesses instalados que não hesitou em denunciar.

Como sempre, não é por este caminho que se ganham eleições, e muito menos as eleições internas de um partido grande. Assim seguramente, e pisando o chão com muito cuidado, Seguro caminha para a liderança sem surpreender, e para aquilo que parece ser o apelo da mediocridade ao poder.

Esperemos que me engane...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um desabafo

Na consulta de ortopedia que tive na semana passada foi-me pedido que fizesse um exame chamado osteodensometria, enfim, para verificar o estado do esqueleto, na previsão de que possa ter um pouco de osteoporose. Um exame que as mulheres de "certa idade" conhecem bem, pois, infelizmente para elas é uma doença que as ataca mais do que aos homens. Mas a mim como tudo me ataca tinha de vir também isto...

O interessante é que, apesar do Serviço Nacional de Saúde  ser tido por gastador, não existe aqui, no raio de mais de 100 Km um local que tenha acordo para realizar tal exame, embora existam Centros que realizam outros exames para o SNS, caso de TAC (ainda mais caros que a osteo...)

E não têm acordo porque o SNS os cancelou, substituindo por alternativas a mais de uma centena de quilómetros. Dado que o exame custa 75 euros, não vale a pena a deslocação. Se calhar é isso que querem, e lá vai a apregoada classe média, que está asfixiada em impostos, pagar o preço de uma saúde, para a qual desconta mas que não lhe dá todos os direitos.

Não que me queixe, pois devo ser dos doentes mais caros do SNS em Portugal, e responsável por parte de seu colapso...mas trata-se de um desabafo, pois outros com menos possibilidades quase ficam privados de um tal exame. Enfim, opções que nem sempre se compreendem.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ossos

Duas ligeiras fracturas em vértebras, eventual osteoporose, causa das mesmas, coisa pouca, eis o resultado da ida a um ortopedista. Análgésicos mais que possa, e uns examezitos para confirmar diagnóstico. Às dores devo cerrar os dentes.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Umas voltinhas

Dentro daquelas coisas que ainda não tinha recomeçado está a condução. Nos últimos dois dias já dei umas pequenas voltas para retomar o "sabor". Já não tenho dificuldade e pelo que vi julgo poder lentamente retomar, começando em percursos curtos. Hábitos que regressam.

Rating

Já se viu que esta gente não se convence com conversa, e os seus ditames são tudo menos desinteressados. Os números são o que são, e a realidade é que independentemente das nossas "boas" intenções ainda não se vêm resultados. E as cotações saem duma "máquina de fazer chouriços", em que se colocam números dum lado e saem números do outro. E a máquina funciona segundo a lógica dos grandes investidores que querem tudo menos perder dinheiro, ou sequer sonhar que o vão perder.

Vem isto a propósito da baixa de quatro níveis feita pela Moody's à dívida de Portugal. Um murro no estômago, mas quando se fala em vender dívida ou privatizar, quanto mais se baixar mais barato fica a quem quer comprar, ou mais rende a quem compra dívida. É a lógica do mercado. São os mercados....

Amanhã vou ver qual o meu rating no ortopedista...  mas também levou uma baixa, as dores prosseguem, espero que me arranjem alguma solução pois já estou exausto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Uma sorte para o país...

Fernando Nobre renunciou a deputado. Ainda lhe dei em tempos o meu humilde benefício da dúvida. Vejo que me enganei. O independente portou-se como os piores políticos. Afinal quem se julgava que era ? Deu um mau exemplo ao país, e se as causas humanitárias eram a sua vocação, por as trocava pela vida política ?

Ninguém entendeu...

Ainda assim concluiu-se que o pior ficou a salvo. Ele não foi eleito para um cargo para o qual afinal não revelava credibilidade política. Que sorte para o país ! Ficamos melhor assim, e pelos vistos ele também.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A ouvir em CD

Não é novidade. Saiu o  ano passado entre Setembro e Dezembro, e a Maria Augusta pacientemente foi comprando a meu pedido, enquanto eu estava estendido no tal estado pouco recomendável...

Agora tenho estado a ouvir e é bom, para quem gosta de Rui Veloso e Carlos Tê. Curiosamente, na altura, não dei muita importância aos seus discos e só mais recentemente me tornei apreciador...

A caixa tem 10 CDs, todos, e ainda um livrinho com um texto de João Gobern e todas as letras.

Quem não comprou agora já não pode.

Dias de fim de semana

Aproveitei alguns dias e procurei concluir o que estava a pintar. Embora ainda por concluir fica aqui uma imagem do que estou a fazer. A foto não será a melhor mas reconheço que tirar fotografias não é o meu forte.

Pensei manter a temática anterior, já do ano passado, em que procurava mostrar os campos do Alentejo, como motivo principal. É também um desafio e uma aprendizagem, pois é neste estágio que estou. Por outro lado agora é algo que verdadeiramente me ocupa e não permite que a cabeça vá para onde não deve.

Um quadro, para um principante sem formação, é um permanente colocar de problemas para resolver, de soluções a encontrar, nem sempre as melhores, pois é aí que entra a técnica, coisa que a formação melhora muito. Neste momento estou por mim, e procuro resolver como sei as questões colocadas.

Apenas um contratempo. As dores de coluna não me deixam estar em paz, e a postura não ajuda.

Fica aqui uma amostra.