quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Miles Davis, 20 anos

Passam hoje 20 anos sobre a morte do trompetista Miles Davis, talvez um dos mais completos e controversos músicos do século XX. Acompanhou e liderou todas as grandes correntes do jazz, as mudanças que se operaram, sempre no topo, mesmo quando criticado ou menosprezado, o que sucedeu nos finais da carreira, pioneiro, correndo riscos, acomodado era palavra que não se lhe aplicava. Vi-o apenas uma vez, em 1971, quando de rompante, abriu o Festival de Jazz de Cascais, na sua primeira edição, e era acompanhado, entre outros por Keith Jarret no piano eléctrico. Exerceu sobre os que o víamos um impacto tal que esse momento marcará decerto as nossas vidas. Sem receios introduziu os instrumentos eléctricos no jazz, misturou o jazz com a pop, o que lhe valeu acusações dos mais puros, mas nunca foi acusado de o seu som ser não reconhecível. Distinguiu-se de todos os outros, marcou terrenos, diferenças, estilos próprios, fez-se acompanhar dos maiores músicos, ele próprio tocou com os maiores, desde logo com o lendário Charlie Parker. Um grande entre os grandes.

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