segunda-feira, 26 de março de 2012

Os chamados rituais de iniciação

Mais um jovem de 17 anos morto em LLoret del Mar, nas chamadas viajens de finalistas, que levam para Espanha nesta altura do ano milhares de jovens, e que tantos acidentes têm provocado. Os psicólogos, os pedagogos, os agentes de viagens, os gerentes de cadeias hoteleiras em época baixa, e todas as "partes interessadas" neste negócio, falam dos rituais de iniciação. Ora nos tempos que correm estes jovens estão "mais que iniciados", já têm é "a escola toda  tirada", por isso cada vez se justifica menos esta debandada desorganizada, rumo a Espanha, onde o "risco" é a regra, a falta de precauções a norma, e a "maluqueira" a verdadeira mãe de todos os perigos. Drogas que correm, tudo "à vontadinha", e isto sem grande controlo, passe o esforço de alguns, cada vez menos, heróis professores que ainda aceitam acompanhar ou caucionar tais comportamentos. Muitos já recusam tais tarefas pedagógicas...
Não se poderia substituir tudo isto por rituais deste tipo:
1º Passar duas semanas num hospital, sobretudo ortopédico, a tomar contar de alguns jovens que lá se encontram, vítimas de "outros rituais";
2º Passar duas semanas numa cadeia, tomando contacto, com prisioneiros que se encontram a cumprir penas vitimas dos seus rituais;
3º Passar duas semanas num centro de reabilitação de toxicodependentes, tomando conta de tarefas e acompanhado a batalha contra as dependências de alguns rituais, pouco ingénuos;
4º Passar duas semanas numa quinta cuidando dos campos e animais, para se saber que o hamburger não vem de uma árvore que nasce numa quinta em Toledo;
5º Passar duas semanas num Centro de Saúde ou de Cuidados Continuados ou Paliativos, para dar valor à vida que lhes está a ser concedida;
6º Para os mais dotados passar duas semanas no Ministério das Finanças, para entender finalmente para que serve a Matemática...
Assim a iniciação seria à vida real e poderia obrigar a reflectir e a mudar comportamentos.

PS: acabo de saber que o jovem morto residia em Castro Verde, aqui mesmo ao lado. Dificil de aceitar todos os anos estas tragédias em nome de interesses tão pouco claros.

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