sábado, 9 de junho de 2012

Baixar salários

Tem sido o tema das últimas intervenções políticas. A entrevista de Borges, depois "desmentida" por outros, ecoa como uma pedrada na cabeça dos portugas, sobretudo vindo de um super economista, mas sem provas na governação ou mesmo na política nacional, coisa que parece ser demasiado insignificante para o senhor doutor. Agora baixar salários não é o mesmo que baixar os custos do trabalho. Pode-se baixar estes sem baixar aqueles, basta ver o caso da TSU, cuja baixa teria essa consequêcia. Mas baixar para quê ? Vejamos, apenas as empresas exportadoras poderiam tirar algum partido disso, mas mesmo assim não me parece credível, pois se as nossas exportaçóes fossem mais competitivas por essa via, já seriam há muito, dado que já somos a "China" da Europa, nesse ponto de vista. Sob o ponto de vista do mercado interno não teria qualquer efeito positivo, pois não será por via do preço que o nosso produto não se impõe, mas já é certo que essa baixa teria impacto na já em queda procura interna. Assim o mercado contraía-se, provocando mais recessão. Não sou o super economista, nem sequer economista ou contabilista, mas a mim parece-me óbvio. Não é por essa via que lá vamos. O Borges que diminua o seu, se acha a medida tão importante, mas não me consta que o faça, daí ser tão pouco produtivo...

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