Greve dos médicos, manifestação de professores, greve de enfermeiros, a classe média está a liderar a contestaçãom social, pois é aquela que está a pagar a crise, pois os mais pobres não podem pagar, e se obrigam os mais ricos a pagar o dinheiro, sendo volátil, "viaja" para locais onde não o veremos. Além de que as empresas públicas do sector dos transportes já deram para o peditório, e não se aguenta mais dias de greve a pesar no fim do mês.
Agora, nada de ilusões, a greve médica não é pela defesa do SNS, mas pela defesa dos interesses (muitos deles legítimos) dos médicos e restante pessoal. Basta consultar o comunicado do SIM que aqui coloco para se perceber isso. Há decisões que de facto envergonham, mas podem ser explicadas, como a contratação à hora, e pelo preço mais baixo. Dado que o SNS está a afundar em dívidas, é normal que haja preocupação com a eficiência do sistema, não tenho dúvidas, mas dentro do quadro da lei, e assegurando qualidade na prestação, o que só é possível com pessoas motivadas, formadas e bem avaliadas, com um sistema de meritocracia claro e sem dúvidas. Idem para professores e enfermeiros. E a classe médica, que muito estimo, penso que subscreve estas minhas refleções. Mas também penso que o ministro Macedo, tem dado provas de moderação perante uma situação explosiva. Agora a saúde não é uma ilha neste mar de dificuldades.
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