sábado, 10 de novembro de 2012

Convenção bloquista

Este fim de semana em Lisboa decorre a Convenção do Bloco de Esquerda. Duas linhas se confrontam no debate das ideias, uma que imagina poder vir a governar se toda a esquerda se unir, com independentes, e outros, mas exceptuando o PS, que no dizer de Louçã não passa de um  "partido de protesto" (o que costumam dizer do próprio BE), e ainda tem um pé no "memorando", e uma outra que defende que sem PS nada feito e tudo a fazer para o conseguir. A direcção será a tal "bicéfala", mas não "acéfala" como a do PS (palavras de Semedo, se não me engano). Agora para serem "governo", inspirados pelos gregos Syriza, é preciso ter votos para isso, e não têm e terão cada vez menos, pois ninguém lhes dá essa credibilidade, nem se acredita nessa hipótese. Quanto à unidade sabem bem que o PCP nunca aceita entrar em quaisquer "acordos" ou "alianças" que eles próprios não controlem, portanto não tenham ilusões quanto a unidades com tal gente que se sente tocada por Deus ou Marx. Mais depressa o PS aceitaria esse tipo de alianças, mas não querem, são esquisitos, fazem mal. Finalmente é preciso propostas credíveis. Como lidariam com a dívida, com o deficit, com a Europa, ninguém sabe, resume-se tudo a um slogan "vencer a troyca" ou  renegociar, mas será que teriam peso para isso ? Como programa de governo é pouco.

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