sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Esclarecedor, ou talvez não

Debate ontem entre dois ex-ministros, Beleza, das Finanças, Mateus, da Economia. Acerca da intervenção do ministro suporífero, ontem na apresentação do OE na AR. Dizia-se, que haveria que distinguir entre taxar as empresas e taxar os accionistas, e para a "vox populit" é a mesma coisa, e é excelente. Ou seja a ideia de agravar impostos a essas duas entidade, tão apetecível na nossa esquerda radical, e tão popular, esquece que taxar as empresas muito, variar permanentemente a política fiscal, é fatal para o emprego. Reparem que na França de Hollande se vai baixar as contribuições das empresas em 20 000 milhões, tornando o emprego mais barato, e a França mais apetecível ao investimento, e nós que fazemos, aumentamos o IVA, mantemos a TSU, queremos baixar o IRC, mas só para novos investimentos e com um tecto minimo. Há que não ter medo de dizer, e de tomar medidas práticas, que são as empresas, e sobretudo as pequenas quem cria emprego não o Estado.
Outra coisa é taxar os accionistas. Os dividendos, se os houver, por exemplo. Ai também há que estar atento, pois o capital é volátil. Já lá vai o tempo em que as saídas de dinheiro se fazia em malas, sacos, ou transferência físicas ou não, feitas na banca e suportadas em documentos. Lembro-me nos idos de 70, em para ir a França se registava no passaporte o valor que se levava e podia ser controlado na fronteira. Hoje um "click" no rato e já está. Sendo assim o Estado pode fazer o que quiser, mas os que têm capital também, muito ou pouco. E faz falta que esse capital fique por cá, nos bancos ou na economia. Assim até eu, que sou um leigo em economia percebo que "certas" políticas, embora populares, ou que ajudam a encher os cofres do Estado para pagar as suas dívidas, os seus carros, os planos demagógicos de "investimento" público não reprodutivo, são perigosas e não facilitam nem a poupança nem o investimento. Valeu a pena ouvir os dois "senhores".

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