segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Horas extraordinárias

Algo estranho se passa. Numa empresa normal, as pessoas trabalham nas horas normais, se é preciso mais algum esforço, ninguém vem logo pedir horas extraordinárias, o trabalho tem de ser feito, ponto final, e depois se isso for algo de sistemático admite-se mais alguém, ou propõe-se fazer horas extra. Ora parece que para alguns não é assim. Portuários, maquinistas, funcionários das finanças, médicos, são alguns exemplos de profissões em que as horas extra têm um peso que quando se faz greve esta muitas vezes é feitas "às horas extra", e as entidades afectadas param, como se todo o trabalho fosse feito em horas extra. E na realidade a própria lei só permite máximo 150 horas por ano. Acontece que muito provavelmente, não sei como, a lei não se cumpre. Eu nem sabia que afinal os estivadores, que estão a paralisar as exportações e a impôr custos insuportáveis às empresas, afinal "estão a fazer greve às horas extraordinárias", recebendo o seu salário das 8 horas como se não estivessem em greve. Acontece que esses cavalheiros chegam a fazer 1500 horas extra por ano ( ou a ganhá-las...) ou seja dez vezes mais do que a lei permite, ainda por cima existe uma "lei" mafiosa entre eles, em que quando há horas, são os mais velhos que as fazem. e os outros só podem fazer horas se os anteriores na dinastia não quiserem, ou não estiverem disponíveis. É extraordinário !!!

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