quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Isabel Jonet

Entrevista ontem na RTP, após o sucesso de mais uma recolha, explicou aos desatentos, aos detractores e aos que não perdem uma oportunidade para destratar o trabalho dos outros, o que quiz dizer com a "miséria" na Grécia, e disse coisas que nós não sabemos, que não há medicamentos essenciais nos hospitais, que o diabéticos se tratam se tiverem dinheiro, e se não tiverem não acedem ao tratamento caro que eu conheço bem, que em muitos lares de 3ª idade não se podem mudar lençóis de acamados pois não há como pagar, e na ausência de uma rede de apoio, pois a Igrela Ortodoxa não tem essa tradição, como tem a Igreja Católica de se dedicar ao apoio aos carenciados, muitas vezes nem por caridade se consegue alimentar bocas que têm fome. E isso apesar dos problemas de Portugal, que não descartou, não é nada de parecido com o que vivemos, por enquanto. Explicou ainda o que era o "empobrecimento" que sentia inevitável dadas as condições do pais e o papel das instituições como aquela que dirige, que foi apelidada de "caridadezinha" por gente que seguramente tem a barriga cheia. Pois essa "caridadezinha" é para mais de 300 000 pessoas a diferença entre comer todos os dias, ou comer quando calha. E assim se atenua a situação e se limita o impacto de uma crise, coisa que na Grécia só agora se começa a implementar. Nós já sabíamos mas, mais uma vez, o povo tem razão quando diz que "vozes de burro não chegam ao céu".

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