domingo, 9 de dezembro de 2012

Lido num fim de semana

"O teu rosto será o último" lido neste fim de semana, de 6ª a domingo. Pode-se considerar um dos livros do ano, com o qual o estreante João Ricardo Pedro ganhou o Prémio LeYa 2011, e um estrondoso sucesso comercial. Ficou célebre a situação de ser engenheiro caído no desemprego.  Daí sentir alguma vontade de o ler. Dada a profusão de histórias que o enredo constrói, as multiplas personagens que o compõem, três gerações, acontecimentos da história de Portugal que tocam quase um século, e dado o puzzle que essas histórias compõem acabamos por ser "agarrados" pela vontade de perceber para onde vamos. Acontece que nalguns casos não vamos a lado nenhum, ou seja certas personagens fecham-se sobre si próprias, e certos capítulos nada acrescentam ao enredo, que no final não nos explica tudo, ou diria que explica apenas um pequena parte. Isso seria pouco relevante, mas fica a ideia que algumas narrativas são de "toca e foge", outras acabam por se encaixar. Excesso de ambição, para 200 páginas, pelo que de certa forma a leitura que começa a ser obsessiva, dá lugar a alguma decepção. Fica a escrita, com passagens muito bem escritas, mas para mim soube-me a frustração. Penso que não teria necessidade de o ter lido, desculpe-me a sinceridade meu caro João Ricardo Pedro...

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