segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sonhos alentejanos

Ontem na SIC reportagem acerca de alguns sonhos frustrados de um dos distritos mais deprimidos do país, Beja.  Vejamos, um distrito onde as insolvências cresceram 152% de 2011 para 2012, a maior taxa, tem um aeroporto que custou 33 milhões, nem é caro, mas caríssimo para servir 7 passageiros por dia, e 122 voos num ano. As "previsões" apontavam para 170 000 passageiros no final do primeiro ano, ficou pelos   2 000, e segundo o seu director excelente será chegar aos 20 000 em dez anos. Quem fez tais previsões deveria estar na cadeia...  Depois falou-se no gigantesco Parque de Exposições, onde se realiza a Ovibeja uma vez por ano. De resto não se conseguiu citar nada de mais relevante, custou mais 10 milhões, mas enfim... nem é o pior ! Agora o Politécnico, mais 10 milhões, projecto vanguardista, excelente nos seus meios, mas a que falta um pormenor, os alunos. Sem isso nada feito. E já se foram 50 milhões, cujo impacto no imediato é irrelevante, pode ser para os nossos netos se durar até lá.  No entanto, a ligação em AE não se faz, apesar das obras já iniciadas com viadutos e terraplanagens na planície, que parecem caminhos para ET's, e agora nem AE nem melhoria da EN, e continuam os acessos maus à A2. Optaram então por regressar de comboio, mas nem comboio directo a Lisboa, automotora até à Casa Branca e aí transbordo para Intercidades, duas horas depois chega-se a Lisboa. Julgo que os alentejanos mereciam melhor do que estas megalomanias de alguns políticos locais e nacionais. Salvar-se-á o Alqueva, mas ainda assim com sangue, suor e lágrimas.

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