quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Os meus onzes de Setembro

Há 12 anos a queda do WTC mudou o mundo, na medida em que a relação do mundo Ocidental com o Islão entrou num nível de desconfiança que inviabiliza qualquer relação racional, e gerou um nivel de securitismo em que qualquer passo se tornou num gesto dado a medo. Mas há 40 anos houve um outro onze de Setembro que mudou um país mas também o mundo, falo do golpe de Estado no Chile que conduziu ao poder a tenebrosa ditadura Pinochet. Foram 3216 mortos ( 2843 mortes no WTC) e 38 000 encarcerados e torturados, e a definitiva morte do "socialismo de rosto humano", da teoria da "transição pacífica" para o socialismo, contra a horrenda experiência da União Soviética e o seu Bloco de Leste, que matou e torturou muitos mais, milhares de vezes mais. A partir da morte de Salvador Allende, o "socialismo democrático" tornou-se numa caricatura, numa vulgar versão adocicada do capitalismo, e terminaram as "esperanças" de retirar de forma pacífica o poder que detém o "capital", como a recente crise comprova. E se pensarmos que esta discussão já não faz sentido, pensemos só na caricatura e no ridiculo que é um lider "socialista "chamado Seguro, ou se quisermos ir mais além, no "socialista" Hollande. Ligeiros, sem ideologia, não se distinguem daqueles que criticam, pois a sua visão do mundo é a mesma, sabem o que rejeitam mas não sabem o que querem, no máximo apenas tudo fazem para ganhar as próximas eleições para garantir que tudo fica na mesma. E o desesperado suicídio de Allende terá sido o final das ilusões, para o Chile e para o mundo. A queda do Muro de Berlim completou o trabalho, e o "socialismo" condenou-se ao ridículo, quer na versão "hard" quer na versão "soft".

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