quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Memória de Adriano

Parece que foi ontem, mas passaram 41 anos, hoje, sobre a morte de Adriano Correia de Oliveira, o mais simples, o mais triste, o mais melancólico, o mais sensível, o mais certeiro, o mais poético, o mais demarcado, o mais intimo, o menos exuberante, o menos conhecido, o menos "põe-te em bicos de pés", dos cantores de baladas dos anos 60 e 70. Quando uma simples canção dava cadeia, um poema o exilio, uma música uma censura. Nesse tempo foi temperado como muitos outros. Morreu cedo e deixou obra. Um homem como "já não se usa", nos tempos descartáveis, das máximas, das frases feitas, dos slogans, dos paulocoelhos (disse paulo não disse passos...), das frases mágicas que dão a solução sem ser preciso sequer pensar ou escrever, que não sejam comentários aparvalhados ou sms, das frases estampadas na pedra de um wallpaper no mundo digital. Adriano (e muitos outros) se assistissem a tudo isto teriam perguntado, "foi para isto ? "

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