segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Hospitais

A presidente da APGH, em entrevista hoje na Antena 1, afirma que muitos dos gestores hospitalares não cumprem a lei dos compromissos para poder comprar produtos básicos hospitalares. Segundo Marta Temido, penso que assim se chama, entre ser condenado por desobediência ou por homicidio por negligência optam pela primeira condenação. Diria que se a afirmação não viesse donde vem eu teria duvidas em acreditar, tal a enormidade. Recordo que esta lei obriga a que todas as compras do Estado só possam ser feitas quando houver garantia de receitas que as paguem. Parece uma medida de elementar bom senso, mas se uma empresa só produzisse uma encomenda com a garantia de que esta será paga, a economia estaria paralisada. Assim vai-se "driblando" a lei para poder servir os utentes, como muitos médicos alteram a prescrição para evitar que doentes que residem a 200 km do Hospital apenas recebam medicamentos hospitalares para um mês, como é a regra, e assim pouparem deslocações inúteis e riscos evitáveis. Parece impossível que a palavra flexibilidade não diga nada aos nossos legislsdores, e que se empurre a responsabilidade para cima dos que têm de dar a cara. É sempre o mexilhão que apanha com o bater da onda...

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