quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Noruega, destino improvável 9

Bergen vista da porta do funicular a nossos pés
Hoje é o sexto dia de viagem e tudo se aproxima do fim. Aproveita-se o dia para conhecer melhor Bergen, a segunda maior cidade da Noruega, cidade portuária, escondida junto ao mar, entre dois fjords ( Sognefjord a Norte e Hardangerfjord  a Sul) ,que a protegem das gélidas influencias do interior e lhe dão um clima temperado todo o ano. Em Bergen nasceu Edvard Grieg, compositor de Peer Gynt, a mais conhecida obra prima do autor, que faleceu em 1904, e na actualidade para quem gosta de musica, é o berço dos "Kings of Convenience", dupla norueguesa muito inspirada em Simon&Garfunkel. Depois é apenas uma pequena cidade, muitos jardins, flores, e edificios antigos. Sobre Bergen uma montanha, afinal a vertente de um fjord, onde é possivel subir num funicular, e donde se desfruta de uma panoramica sobre a cidade, o porto e o mar.
Casa onde viveu Edvard Grieg
Na subida há uma paragem para ver a casa onde nasceu Grieg, o compositor do romantismo que honra a Noruega, e que foi contemporaneo do dramaturgo Ibsen, este faleceu em 1906,e finalmente chegamos ao final da viagem de funicular, e abre-se a porta para grandes jardins floridos, muitas máquinas a "debitar" cachorros, muita criançada a passear com os pais, esplanadas, isto a muitos metros de altura e com a cidade de Bergen aos pés. Resta-nos descer de novo e aproveitar para um passeio pelo porto, onde existe animação permanente, com músicos a tocar na rua, esplanadas cheias as pessoas a apanhar os ultimos raios de sol de um verão que por estas paragens termina logo no inicio de Setembro até se mergulhar na grande noite do Ártico.
Vista nocturna de Bergen
O ciclo de vida destas pessoas é determinado pelas estações, onde não é ? mas aqui estas são extremas, sobretudo o Inverno é longo. Não consigo imaginar todas as imagens que vi em versão de Inverno, pois acredito que tudo se transforma radicalmente com o gelo, a neve e os dias curtos de 2 ou 3 horas. O quadro de Munch, "O grito", que referi dá-nos bem a imagem dessa luz, ou da falta dela, e do que isso pode interagir com a pessoa humana. Já agora a decepção de que ainda não falei. Na busca de hotel em Bergen caí sobre uma tal Crowded House, que propunha preços abordáveis, e parecia razoável pelas fotos na net, mas ao chegar verificou-se que era um grande bar no rés do chão, e os quartos eram nos andares  superiores, mas eram pouco mais do que quartos com um divã para dois, edredon e quase sem mobilia, nem WC tinha que era comum para o andar, assim um espécie de casa de passe numa zona para marinheiros, mas com ambiente razoável e boa limpeza. Ficou barato mas aquém do que procurava, e recomenda os cuidados da reserva na net. Pensamos mudar, mas aguentei firme, pois pouco tempo lá se estaria, nem para isso tinha condições. Paciência, hoje já nem me lembro, enquanto do resto ficou marcado fortemente.
Comboio de regresso a Oslo muito cedo
Amanhã muito cedo sairiamos para apanhar o comboio de regresso a Oslo, pelas 7h00 com chegada a Oslo pelo meio da tarde.

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