sexta-feira, 10 de julho de 2015

O galã do filme que nunca vi (Omar Sharif 1932-2015)

Morreu hoje, os galãs não são eternos na vida real, mas na tela nunca morrem. Em 1966 estreia em Portugal "Doutor Jivago", uma grande produção de David Lean, lembro-me bem passar no Saldanha em frente ao Monumental, onde um cartaz gigantesco mostrava um casal, que saía do cartaz de grande que era, e um comboio que se via no horizonte. Tinha 14 anos, já era rapazola, mas a classificação "maiores de 18 anos" era aplicada de forma implacável, e aplicava-se a qualquer obra onde se desse um beijo, ou se visse um casal apaixonado, era o caso. Assim nunca vi este filme  nem depois mais tarde, não sei porquê. Passado durante o Revolução de Outubro, na Rússia, tema proibido na altura, mesmo quando filmada na lógica de uma produção hollyoodesca. A música de Maurice Jarre foi um enorme êxito que se ouvia na rádio a toda a hora. Provavelmente cheio de cortes, lá estreou e foi um enorme sucesso. O egípcio Omar Sharif, já com "Lawrence da Arábia" no curriculo, era o galã, que fugia da Revolução. Não sei se seria assim um enorme actor, mas marcou uma época na minha juventude. Hoje morreu. A doença de Alzheimer foi mais forte.

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