sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Companhia

Na minha ocupação diária aqui no meu refúgio alentejano, enquanto faço alguma coisa que me enche o coração, tenho de combater a solidão com algumas ferramentas. Na ausência das filhas, das "esposas", do cão, do gato, dos amigos, das certezas, das arrogantes impertinências, das pessoas que querem comandar as vidas dos outros, das formigas, dos biombos, das depressões, fico pela minha companhia preferida, ou companhias se quisermos, e que jamais me decepcionam e que resumo na foto que apresento, assim se combate o silêncio,  não o que está dentro de nós, pois esse eu aprecio, mas o silêncio da ausência de ideias, das imagens postiças ou das citações de Einstein, que ele nunca disse, e que pululam no Facebook como verdades absolutas, aquilo a que eu chamo o "paulocoelhismo" militante, cheio de idiotice, lugares comuns, gatinhos a fazer o pino e "verdades" que são apenas a vulgaridade elevada ao nível do discurso directo. Prefiro ouvir, ouvir e ler, ler e pintar, pintar e se calhar destruir a seguir.

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