quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Paris

É dificil escolher uma recordação nestas minhas peregrinações através da memória, pois Paris é uma cidade que visitei muitas dezenas de vezes, desde 1973, até 2006, data da minha última ida, seja por motivos profissionais, seja turismo, ou um pouco dos dois. O trabalho numa empresa francesa potenciou estas deslocações, e o sistema de ajudas de custo, reconheço que ajudou, na disponibilidade dos meios financeiros para certas visitas como é o caso da que recordo aqui hoje. Paris é sem dúvida "a minha cidade" por excelência, e anos atrás conhecia-a muito bem, sendo que me deslocava de carro para qualquer ponto, sem qualquer dificuldade, incluso atravessar a "Etoile", isto é a praça onde se encontra o Arco do Triunfo, donde saem mais de uma dezenas de ramificações, sendo que a ausência de semáforos obriga a uma travessia cuidadosa, e o segredo é "nunca parar". Mas deixemos isso e vamos à recordação desta cidade que mais me marcou ao longo de tantas visitas. Haveria muitas razões artisticas pois estão ali grandes museus, Louvre, Orsay, entre muitos outros, patrimoniais, pois temos ali grandes edificios emblemáticos como Sacré Coeur ou a Eiffel, mas a minha recordação vai para um local que não encontramos em mais lado nenhum, o "Moulin Rouge", isso mesmo, o lendário cabaret, aberto em 6 de Outubro de 1889, dia do meu aniversário, ardido em 1915, e de novo reconstruido das cinzas. Estive lá por duas vezes, a primeira em 1986, e mais tarde em 1988, e é uma excitação enorme saber que estamos a entrar num local carregado de história, onde meia Europa passou, e com muito mais de 100 anos de "bons serviços" pretados.
Situado no bairro do Pigalle, conhecido pela sua marginalidade, prostituição e sex shops, e integrado em todos os circuitos turisticos da cidade, todos os dias vêm autocarros carregados de japoneses, encherem as suas mesas com gente. Os shows estão sempre cheios mas todos os dias se pode comprar bilhete com jantar e espectáculo, por cerca de 180 euros, ou apenas espectáculo, mesa e meia garrafa de champanhe, por cerca de 120 euros. Já na altura pagou-se cerca de 180 francos por esta ultima opção, que permite ver o melhor. O show de cabaret francês, com muitas dançarinas espectaculares, já na altura dançando em "top less" mas sempre nos quadro do bom gosto e da  beleza feminina, pois de facto é a beleza feminina o grande ingrediente. A sala é pequena e muito acolhedora, e o show intenso de luz e côr, e muito bonito, a musica tocada ao vivo. Uma visita a fazer pelo menos uma vez na vida, e quando comparado com outras alternativas, Lido, Crazy Horse ou Alcazar, vale a pena, se não se puder visitar também os outros (desses fui ao Alcazar). Cá está mais um visto a pôr na lista de visitas.

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