sábado, 31 de dezembro de 2016

Last day, old year (um balanço pessoal)

Gosto de balanços. Agora todos dizem que não fazem listas, mesmo quando são pagos para as fazer, mas o que têm as listas de mal ? Para mim nada de mal, as listas poupam neurónios, ajudam a arrumar as ideias, a por as coisas no devido sítio, a arrumar gavetas, encaixar o que pode ser encaixado, separar o trigo do joio. Por isso devemos sempre balancear, mesmo que seja apenas na cabeça, cada dia, cada mês, cada ano, sabendo que o próximo será parecido, e que os imprevistos não se prevêm, e o que é previsível é sempre pouco interessante.

Dito isto o último ano foi um ano em que se concretizou um sonho que não dependia de mim, o de ser avô. O nascimento da Francisca foi um desejo que concretizaram para mim. Estava a pensar que tal não sucederia mas no final concretizou-se, e apesar da distância tem sido uma muito boa sensação. quando me olha com os seus olhitos pretos. A neta é linda. como afinal serão todos os netos para os seus avós. E para cada um serão especiais.

Depois a saúde. Aquilo que chamamos num dos lugares comuns mais bem sucedidos de sempre "o bem mais precioso". Continuo a aguentar, com os dois pés assentes na terra e na posição vertical, durante o dia. Nem sempre confortável, as pernas por vezes tremem, e os olhos cada vez piores e mais ineficazes. De restos permaneço entre os vivos, o que teria um boa probabilidade de não acontecer. Enfim de nada adiantam as queixas, nem consta que possa interferir nos planos que Deus tem para mim, sejam quais forem. Mas posso com os meus próprios planos ajudá-lo.

Finalmente as actividades dia a dia contáveis em blog, passam muito agora pelas pinturas, em trabalhos próprios, nem sempre bem sucedidos, ou nos grupos que continuo a animar e que me dão mais prazer do que incómodo, que na realidade não dão nenhum. O prazer que retiro dessa actividade acaba por compensar todo o desgaste, ou algum mal estar com algumas más educações. Mas estas ficam para quem as pratica, e confesso que não as esperava, mas nem todos pensam como eu, de forma positiva e vendo sempre o copo meio cheio.

Nos costumes disse nada. Marcelo foi presidente e era o esperado, Costa surpreendeu pela positiva, devo reconhecer que me enganei. Sente-se maior distenção e menos pessimismo nas pessoas, embora os tempos actuais e vindouros pareçam carregados de nuvens negras, quando vemos a ascenção da ignorância ao poder, a credibilidade atribuida aos raivosos, a razão que parece assistir aos canalhas, e a voz calada dos bondosos, e esse saco de indignidades que se chama Médio Oriente onde as vidas humanas parecem nem contar.

No meio disto tudo duas vozes que parecem falar outra língua. o nosso Guterres e Francisco, o Papa de todos os que acreditam e dos que duvidam.

Tenhamos esperança para que o pior seja o que já aconteceu !

Bom Ano de 2017 para mim, e para os que de vez em quando perdem uns minutos a ler este palavreado com pouco estilo, mas sem pretenções.

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