sábado, 13 de maio de 2017

Periferias

Numa das suas homilias de ontem o Papa referiu que percorremos todos os caminhos rumo a todas as periferias. Estou a citar de cor, mas ao contrário dos lideres mundiais este homem procura as periferias, como se nelas estivesse o seu destino. De facto estas periferias são os locais físicos ou espirituais onde é mais difícil estar, onde ninguém quer estar, onde estar não traz conforto, reconhecimento ou retorno pessoal, que não o retorno de tentar mudar. Os lideres preferem as centralidades, o Papa recomenda as periferias, onde estão os deserdados, os excluídos, as guerras, a violência, os carecidos de tudo. Daí se perceber o roteiro deste Papa e a razão pela qual talvez Fátima não fosse para ele uma prioridade. Prefere os locais onde o sofrimento se expõe, onde a desigualdade se afirma como lei, onde a vida é desprezada e a morte é o alívio, tal a dimensão da indiferença. Mais uma vez crentes ou não crentes, homens de boa vontade seguem-no, mas, muitos dos poderosos não acompanham. Atrair a tenção para as periferias, preferir o caminho das pedras. Uma lição para quem não quer aprender.

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