sábado, 8 de julho de 2017

Bipolar

Um país bipolar parece ser o nosso. Sentado aqui no meu sofá não saio, não vou ao café, não convivo muito, mas isso dá-me a possibilidade de observar. vejo na televisão. ouço da rádio, leio na net, ou nos jornais, e do que vejo o traço da bipolaridade está lá. Ontem estava tudo no melhor dos mundos, seríamos os maiores, um ministro sem rasgo era comparado com Ronaldo, os indicadores indicavam para o céu, num país "adorado" por hordas de turistas, e campeões, eurovisões e outras embirrações. "Derepentemente" muda a onda, e umas chamas, uns roubos, a baleia azul, passamos da fase maníaca para a depressiva. Volta a tristeza, as demissões consumadas ou pedidas, os suicídios virtuais, ou reais, os políticos da oposição arranjam finalmente discurso, depressivo para variar, e os que governam, pouco habituados à crítica, responde com palavras atabalhoadas, explicações complicadas, que parece esconderem algo. Bem fez o Costa, deixa os afectos para o homem do costume, as explicações para um ministro que se safa sempre, e vai a banhos até que a onda passe, gosta mais da fase maníaca, que volta dentro de momentos.

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