sexta-feira, 14 de julho de 2017

Coisas assim

Há trabalhos que parece que nunca acabamos. Vão sendo adiados, relançados, mas como não agradam ficam órfãos das nossas mãos, e arrastam-se sem ninguém que lhes dê atenção, percorrem caminhos em vão e desses caminhos regressam sem fúria nem paixão, resignados ao canto atrás da porta do quarto. É o caso deste em que trabalhei hoje, a ver se lhe dou a dignidade devida. O lago da barragem da Rocha, que o inspira, já encheu, e estava cheio nos idos de 2010 quando o iniciei, já despejou, e hoje está quase seco, devido à seca extrema que vivemos. E ainda não atinei com a côr da água, que já nem existe. Esse sempre tem sido o motivo  do adiamento. A maldita côr da água, mas de cada vez que se corrige outras coisas têm de ser feitas. Um desatino. Hoje tirei de novo de tráz da porta e voltou para o cavalete e ficou assim, Nahhhh !!! Parece que ainda não é desta. Mas ele faz-me falta para satisfazer uma "encomenda". Sete anos é muito tempo para uma simples tela com um lago ao fundo. Mais uma vez Agustina, agora saída da sua História de Portugal em segredos, "Não fixamos aquilo que aprendemos mas aquilo que amamos", Este é manifestamente um mal amado !!!

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