segunda-feira, 24 de julho de 2017

Os ditadores



"Os ditadores nunca se acham sós. Ou são as reverências dos seus validos, ou o protocolo que simula dedicação, ou sobretudo o eu que está indissoluvelmente ligado ao seu mundo em que decorre a sua realidade. Às vezes, um mundo extravagante de crises em que a culpa parece ser uma forma de aliviar o excessivo consentimento do seu poder. Há momentos em que o rei se declara humilde, pede que não lhe chamem Alteza, e está perto de demonstrar um eu psicótico e delirante."

Esta  frase de Agustina, citada de um dos seus livros que estou a ler, referia-se ao rei de Portugal Dom João II, que governou de 1481 a 1495, mas podia-se aplicar a qualquer um. Veja-se  a imagem de Nicolás Maduro, um ditador "de esquerda", que na maior cegueira, conduz a Venezuela, que chegou a ser um exemplo de democracia, ao caos e à ruína, por achar que todos os apoiam, ancorado no seu mundo delirante, rodeado de defesas para o seu ego psicótico, surdo à realidade. Esta semana vai fazer uma eleição fantoche para mudar a Constituição, e procurar uma "legalidade" que o eternize no poder, enquanto o povo morre de fome e de falta de bens essenciais como medicamentos, Até quando meu Deus o humano sofre desta vertigem de se sentir bem no lugar do Criador ? Porquê um modesto condutor de autocarros, sem nenhuma preparação, se convence desta ideia de que é um "salvador" ?

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